12 Comentários

tão triste que a cobrança por uma performance impecável nos atravessa até no que é tão nosso como a escrita, né? escrever enquanto o mundo te esmaga é honrar o verdadeiro sentido da escrita, é não deixar que te tirem as palavras que sempre foram suas. ainda tô aprendendo também.

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set 27Gostado por Carolina Rodrigues

No que me toca como Autor em constante ato de criação, eu escrevo com qualquer disposição na qual estiver. Sou bastante melancólico, depressivo, antissocial, inquieto, incomodado e workaholic, elementos que, combinados em meu Ser, fazem explodir através da Escrita tudo que revolve dentro de mim. Me sinto mal quando não escrevo, seja na calmaria ou na tempestade, na ordem ou no caos, na bonança ou na dificuldade, na saúde ou na doença, na luz ou nas trevas. Tristeza é o meu maior combustível, A Musa que me Inspira mais do que tantas outras Musas que me Inspiram me faz retirar daquela tudo que necessito para continuar escrevendo a todo e qualquer momento. Eu sou assim: Escrevo e pronto.

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Gostaria de ser assim… acho bonito quem consegue usar todos os sentimentos de combustível para criar

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set 27Gostado por Carolina Rodrigues

Fico aliviado quando termino, é mais do uma terapia... Se você tentar como forma terapêutica, pode dar certo. Já fez assim alguma vez em momentos difíceis?

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Só nos meus diários, como um desabafo. Nunca escrevi sobre um tema específico quando estava mal, acho que as ideias não fluem do jeito que eu gostaria.

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set 27Gostado por Carolina Rodrigues

Sim, é que para algumas Autoras e Autores o que precisa ser exposto por escrito tem que ficar com eles mesmos. É o seu caso.

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set 23Gostado por Carolina Rodrigues

Amei a news!! 💌 Fiquei muito feliz que você escreveu uma news sobre "não saber". Particularmente, eu só tenho o 8 ou 80 aqui (não escrevia nada basicamente ➡️ agora escrevendo uma newsletter), mas queria falar da citação que você trouxe, porque já tinha visto ela também e me fez refletir!

Eu interpreto a citação do bukowski como sendo sobre sinceridade, ao invés de espontaneidade ou talvez intensidade de sentimento. No sentido de que é mais sobre "sair de você sem ser mascarado", jorrar para fora o que ressoa dentro como verdade. Ser você, aprender a ser você na íntegra, e externalizar essa sua essência sem esconder. Faça com verdade, ou não faça.

Essa é a visão do Bukowski, claro, e não a absoluta verdade do mundo. Eu não sei se gosto dessa visão, mas gosto de pensar sobre sinceridade, e sob essa ótica a questão é mais "você quer escrever?", e obviamente você quer, e por isso está aqui e está escrevendo muito bem 🤏🩷 somos seres criativos e acho que sempre conseguimos achar uma forma de externalizar isso. Talvez em momentos de estresse, você prefira externalizar por outro meio, e tá tudo bem. Por exemplo, eu estressada (passando por momentos difíceis) geralmente faço muitas colagens, mas escrevo nada. Quando eu estava na faculdade e não tinha muito tempo, eu fazia pequenos desenhos de flores, e era isso. Tenho certeza que você vai aprender com o tempo como você funciona melhor em cada momento, sendo você mesma. A gente sempre aprende 🩷

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Que comentário gostoso de se ler, Yaci, obrigada!

Sobre a citação do Bukowski, vê-la sob essa ótica de sinceridade, realmente traz outro ar para as coisas. E, se for por esse lado, concordo muito com ele.

Muito obrigada pelo elogio 🥺, ainda bem que as pessoas não conseguem ver minha cara quando falam que eu estou escrevendo bem.

Realmente, quando estamos estressadas ou sem tempo, talvez seja melhor focar nos hobbies que são possíveis naquele momento do que se torturar por não conseguir fazer tudo.

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set 21Gostado por Carolina Rodrigues

Eu sinto que a busca pela perfeição e por uma suposta relevância me trava muito. Um professor na pós nos disse muitas vezes para apenas escrever - escrever o "ruim", o "bobo", o "desnecessário", para botar tudo para fora e abrir espaço para aquilo que nós consideramos "bom", aquilo que nós buscamos. Acho um conceito muito interessante.

E concordo com você sobre a monotonia. Vejo que minhas ideias e a vontade de escrever crescem bastante com o movimento.

Pra terminar, muito obrigada pela recomendação e pelas lindas palavras!

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A dica do seu professor é muito boa, acho que deve tirar a pressão sobre escrever, nunca tinha pensado nisso. Obrigada por ler e comentar, Fernanda! <3

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set 20Gostado por Carolina Rodrigues

[não contém resposta, apenas minha experiência e que tirei de uma futura news que vou jogar aqui no subs um dia]

Durante a pandemia eu simplesmente não conseguia escrever um "a" nem no caderno e nem no computador. Fiquei meses encarando as páginas em branco e nada queria sair. Fiz até oficinas de escrita e nada muito promissor, assim que acabavam as aulas, os cadernos voltavam pro fundo da gaveta. Até que desabafando com uma amiga ela me incentivou a escrever sobre o porquê escrevo, o que me leva a querer escrever algo.

No texto eu percebi que eu escrevo o que eu quero eternizar, lembrar. Logo, em momentos pra baixo, que a vida te cansa, não quero eternizar isso. Quase como se eu tivesse fazendo um Instagram da minha vida pelos caderninhos. Só lembrar o lindo, o belo, o gostoso. Comecei a escrever tudo o que eu NÃO queria lembrar da pandemia e assim escrevi minhas primeiras páginas em quase 9 meses.

Agora fica a pergunta: por que você escreve? Talvez isso te ajude a entender onde você perde a vontade de escrever.

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Nossa, me identifico muito com o que você falou. Comecei essa newsletter justamente por isso: eternizar as coisas que valem ser lembradas. Que bom que tem alguém que se sente como eu :)

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